domingo, 11 de julho de 2010

O Banquete


Fiquei alguns dias sem postar no blog por eu estava muito sem idéia do que postar. Na verdade ainda estou, mas lembrei que li o livro "O Banquete", de Platão e resolvi falar um pouco sobre ele. É um livro confuso e bem difícil de ler, com certeza vou precisar ler novamente várias vezes. Na verdade o começo do livro é tranquilo, mas quando vai chegando no final você fica meio perdido hahaha.

Resumidamente, Agatão prepara um jantar só para filósofos e lá eles começam a discutir sobre hinos de louvores à Deuses, e chegam à conclusão que não existe nenhum hino ou poesia dedicados ao Amor. Começam então a criar cada um o seu próprio discurso.

"O Amor é dos deuses o mais antigo, o mais honrado e o mais poderoso para a aquisição da virtude e da felicidade entre os homens, tanto em sua vida como após sua morte."

Cada um expõe seu ponto de vista, discutindo que o verdadeiro amor é apenas o amor da alma e não o amor do corpo. Citam também que o amor não é algo apenas do ser humano, mas está presente em tudo no nosso planeta, como na medicina, na música, na natureza ...

Discutem também sobre Androginia, que refere-se a dois conceitos: a mistura de características femininas e masculinas em um único ser, ou uma forma de descrever algo que não é nem masculino nem feminino.

Segundo o livro, havia antes três seres: Andros, Gynos e Androgynos, sendo Andros entidade masculina composta de oito membros e duas cabeças, ambas masculinas, Gynos entidade feminina mas com características semelhantes, e Androgynos composto por metade masculina, metade feminina. Eles não estavam agradando os deuses, que os resolveu separar em dois, para que se tornassem menos poderosos. Seccionado Andros, originaram-se dois homens, que apesar de terem seus corpos agora separados, tinham suas almas ligadas, por isso ainda eram atraídos um por o outro. O mesmo ocorre com os outros dois. Andros deu origem aos homens homossexuais, Gynos às lésbicas e Androgynos aos heterossexuais. Segundo Aristófanes, seriam então dividos aos terços os heterossexuais e homossexuais.

Agatão diz que o Amor está na alma dos Deuses e dos Homens. Que Amor é algo delicado.

Sócrates completa dizendo que o Amor não é um Deus. Que Amor não é algo mortal nem imortal e sim um intermédiário de ambos. O Amor é uma ponte, uma conexão entre Deuses e Homens.

Basicamente ficam todos filosofando sobre o amor e, eu particularmente fiquei confuso no final. Mas é uma leitura interessante, quero ler mais livros de Platão porque adoro filosofar de vez em quando.

Sinopse do livro:

Em O Banquete, considerado um dos mais belos e mais simples de seus diálogos, o filósofo expõe pela palavra de vários comensais diversas concepções do amor. É Sócrates quem coroa os elogios ao servo e companheiro de Afrodite, revelando-lhe a face da virtude. E é por intermédio do mesmo mestre que Platão transmite aos homens a sua concepção do amor.

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